A Pior das traições

Um casal deve dividir alegrias, angustias, posses, orgasmos e até peixinhos no aquário. Mas, ninguém deve renunciar a ser o que é. Antes de sermos maridos, namorados, concubinos ou o que mais for, somos nós mesmos. Com nossos pequenos (ou grandes) vicios e virtudes. Quando deixamos de ser nós mesmos para agradar alguém, não somos mais nada.
Trair a si próprio é a mais abjeta das traições.

Diário da minha vida

" Quando penso na minha vida aguns anos atrás, tudo parece irreal. Eu que desfrutava daquela vida celestial era completamente diferente do que ficou ajuizado dentro dessas paredes. Sim, foi celestial. Quatro admiradores em cada esquina, uns setenta amigos, o preferido da maioria dos professores, completamente mimado por minha Mãe...Que mais eu poderia querer?
Tinha alguns pontos positivos que mantinham-me nas boas graças de todo mundo: era engraçado, honesto e generoso. Nunca teria recusado ninguém que me fizesse uma pergunta, era magnânimo.
Foi bom que, no auge da minha glória, eu tivesse sido jogado subtamente na realidade. Demorei um ano pra me acostumar sem a admiração de todos em São Paulo.
Como será que me viam na escola?
Como o comediante da turma, o eterno líder da sala, nunca mal-humorado, nunca reclamando. Vejo aquele "eu" como um garoto agradável, divertido, mas um pouco superficial, que não tem muito a ver comigo hoje.
Mas, eu gostaria de ter aquela vida aparentemente descuidada e feliz, durante ao menos uma tarde, alguns dias, ou melhor, uma semana. No final da semana estaria exausto, e agradeceria a primeira pessoa que conversasse comigo...Quero amigos, não admiradores. Pessoas que me respeitem pelo meu caráter e pelo que faço, não somente pelo sorriso nem palhaçadas. O círculo ao meu redor seria bem menor, mas o que importa, desde que seja composto por gente sincera.
Apesar de tudo, eu não era totalmente feliz, cstumava me sentir abandonado, mas como passava o dia inteiro na agitação, nem pensava nisso. Eu me divertia ao máximo, tentando preencher o vazio com risadas. Na verdade, eu era feliz sim...aquele clima interiorano, meu colégio e amigos amados, festa de haloween, teatros, danças, bibliotecas...Olhando pra trás vejo que meus dias de escola feliz e despreocupado se foram para sempre. Hoje, não posso mais ficar de brincadeira, por que meu lado sério sempre aparece. Hoje quero um dia como aqueles..."

Silêncio é preciso!

Nessas épocas de pressa e sobressalto, buscar o silêncio dos livros e das livrarias é quase uma necessidade. E nesse momento o que preciso mesmo é de silêncio interior, pois dentro de mim existe um tizuname de indagações sobre qual a direção que eu quero que tome a minha vida. A arte é o que me impusiona primeiro. Tudo ligado a arte me move e me motiva. Procuro na estante algo que me dê uma resposta. Encontro outras dentre outras mil resposta que procuro. As leio e devoro todas...No momento sinto-me forte, passado eles, sinto-me indeciso, vazio e solitário.

Acabou

• 
  O que ficou do grande amor?
  
  Tanta gente sente na pele um pouco dessa dor
  
  De um grande amor que acabou
  
  Chorar a ausência dá saudade, verdade
  
  Mas, honestidade é preciso, lealdade.
  
  O amor desespera, pondera, altera, tira a paz.
  
  O amor aconchega, afana, nos faz vivo
  
  Mas, quando o amor se desfaz
  
  É como um velho violão que não toca mais
  
  Já é esgotado seu estoque de sentimento
  
  Não existe mais o resistir ao encantamento
  
  Temos que aceitar essa mudança dos ventos
  
  Triste aceitar esse discernimento
  
  Fim da nossa história, fim do nosso amor.
  
  Agora só nos resta o contentamento
  
  Mas, ficou em nós uma sensação
  
  De que os outros brincaram com o amor
  
  E nós
  
  Vivemos uma linda e inesquecível paixão.
  
  
  
  Bahia, 27 de Fevereiro de 2008
  

Corpo de homem, morenas colinas
Dentes de porcelana, braços largos
Que me aninham num forte abraço
Sorriso inocente, onde ostenta esse bicho lindo!
Corpo de homem meu
Persistirei em tua graça
Minha ansia sem limite, minha sede
Meu desejo proibido
Tua cor e tuas formas
São como as quero
Amo teu corpo alegre, tua voz solta e delgada
Amo sentir suas formas e seu peso
E cada parte do meu corpo pecorrida com tua língua
Numa exitação feroz que explode em mim
Feito tempestade.

O mesmo

Quando o desejo vier do coração

Não haverá obstáculos, não haverá barreiras

Ele falará por mim

O coração sempre acha a razão

E quando o desejo é realizado, sinto-me feliz

Feliz pela derrota dos obstáculos

Dos sonhos realizados, de amores demasiados

Do grande dia ter chegado

Sinto que nada faz desembaraçar

Os fios tomados pelo destino

Os sonhos que sempre carregava comigo.

E ao realizar-me, encontro-me

Encontro o que sou antes de tornar-me outro

E vejo que sou

O que sempre fui.

São Paulo, 14 de Julho de 2000

Sobre quando passei no vestibular de Jornalismo

Embate sutil

Sentir dentro de mim um embate sutil.

Coisas sérias e temíveis como a dor, a morte, o amor...

Metirinha

Mentir é repugnante. É desleal, vil... Mas há aquela mentirinha doce, que quase sempre é necessária. E hoje eu a experimentei e me lambuzei da mentirinha que deixou minha pobre alma preenchida e tomada por bons fluídos, bons sentimentos, boa compahia e uma imensa dosagem de cultura. E quanta cultura!!

Uma mentirinha por um dia inteirinho de felicidade. E quem deseja a felicidade deveria procurar as causas que a propiciam. E eu fui procurar, apesar de uma doce mentirinha.

Rodin, Calazans Neto, Henriqueta Catharino passearam conosco também.

Arte é expressão.

Que belo dia...dá vontade até de mentir docemente um dia na semana.